sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

TC PROFESSORA CRISTIANE KELI




UCAMPROMINAS
CRISTIANE KELI DE MORAES BONFIM










A IMPORTÂNCIA DA PRÁTICA PEDAGÓGICA LÚDICA PARA INCLUSÃO DO ALUNO ESPECIAL












NOVA UNIÃO
2013

                                        

UCAMPROMINAS
CRISTIANE KELI DE MORAES BONFIM














A IMPORTÂNCIA DA PRÁTICA PEDAGÓGICA LÚDICA PARA INCLUSÃO DO ALUNO ESPECIAL



Artigo científico apresentado á faculdade de Educação da, UCAMPROMINAS como requisito parcial para obtenção do título de Especialista em Educação Especial.












NOVA UNIÃO
2013

A IMPORTÂNCIA DA PRÁTICA PEDAGÓGICA LÚDICA PARA INCLUSÃO DO ALUNO ESPECIAL
       
Cristiane Keli de Moraes Bonfim

RESUMO

Este artigo científico apresenta uma revisão das teorias de renomados pensadores como: Piaget (1978, 1996), Vygotsky (1987, 1998), Freire (2002), Para tal estudo foi realizada pesquisa bibliográfica, dos autores mencionados. Referente à importância de ser desenvolvido uma prática pedagógica lúdica objetivando alcançar o aluno com dificuldade de aprendizagem. Discutindo assim a importância dos jogos na educação de crianças portadoras de necessidades educacionais especiais. Sabe-se que o ser humano é um ser pensante dotado de sentimentos, e que seu crescimento pessoal se dá em contato com outros seres de sua espécie e para que aconteça o tal crescimento é necessário que o indivíduo se sinta contextualizado no meio em que vive, pois só assim se sentirá à vontade para interrogar e investigar fatos e acontecimentos, que lhe fará compreender o mundo a sua volta, assim sendo é possível perceber a necessidade de um ambiente saudável, aconchegante, e divertido para que realmente o crescimento intelectual aconteça de forma produtiva e necessária. Por isso é se suma importância que o educador organize sua prática de forma a proporcionar momentos de socialização de cada indivíduo com seus pares. Diante desses pressupostos, vemos na atividade lúdica um caminho possível para desenvolver a aprendizagem, pois os jogos expressam a forma de como uma criança reflete o mundo, ordena, desorganiza e reconstrói a sua maneira. É um espaço onde a criança com deficiência intelectual aprenderá brincando, facilitando seu desenvolvimento nas funções psicológicas, tanto intelectuais como nas interações com o próximo. Através dos referidos estudos realizados foi possível concluir que a prática pedagógica lúdica é fundamental para o desenvolvimento do trabalho docente, pois a criança precisa se sentir acolhida, para que também se sinta contextualizada na escola.

Palavras-chave: Lúdico. Prática Pedagógica. Necessidades educacionais Especiais. Ensino aprendizagem.

Introdução

Com o objetivo de maior comprovação sobre a importância da Prática Pedagógica lúdica para o desenvolvimento do ensino aprendizagem, realizou-se a presente pesquisa bibliográfica, fundamentando-se pelo interesse em estudar e comprovar se realmente o jogo proporciona desenvolvimento intelectual e favorece a inclusão do aluno portador de necessidades educacionais especiais na sala regular.
            Para o desenvolvimento deste artigo foi utilizada as teorias dos autores Piaget, Vygotsky e Paulo Freire (2002), visto que esses estudiosos nos deixaram comprovadas contribuições sobre a importância da ludicidade para o desenvolvimento do ensino aprendizagem.
           Muitos métodos já estão sendo usados como recursos didáticos e, entre essas metodologias, destaca-se o uso dos jogos, instrumento através do qual o educador pode estimular o desenvolvimento de crianças com necessidades educacionais especiais.
            A prática pedagógica através jogos têm como objetivo promover o desenvolvimento em todas as áreas do conhecimento, resgatando o prazer pelo aprender, inserindo o aluno com necessidades educacionais especiais no contexto escolar e contribuir para sua formação. Assim, a educação pode ser prazerosa e o educando sentirá gosto pelo aprender.
             Desta forma, a intenção deste artigo é mostrar o jogo como recurso pedagógico no desenvolvimento de alunos com necessidades educacionais especiais podendo o docente de um modo geral, rever sua práxis pedagógica ao utilizar jogos e brincadeiras no contexto escolar, sempre valorizando as habilidades e a individualidade de seus discentes.

Desenvolvimento

            De acordo com Piaget (1996), o desenvolvimento do jogo está ligado aos processos puramente individuais e de símbolos inerentes à estrutura mental da criança e que só por ela podem ser explicados.
            Assim como no desenvolvimento infantil, o autor analisa o desenvolvimento do jogo de forma espontânea, ou seja, conforme se organizam as novas formas de estrutura, surgem novas modificações nos jogos que, por sua vez, vão se integrando ao desenvolvimento do sujeito por intermédio de um processo denominado assimilação.
          Quanto às modificações é possível perceber que quando a criança assimila bem certo jogo, logo ela tem condições de criar novas regras, criando e reinventando o que faz a brincadeira se tornar nova sempre.
           Para Piaget (1978), a construção de estruturas mentais desenvolve a aquisição do conhecimento e, nesse sentido, a brincadeira, enquanto processo assimilativo participa do conteúdo da inteligência, igual à aprendizagem e também é compreendida como conduta livre, espontânea, que a criança expressa por sua vontade e pelo prazer que lhe dá. Portanto, ao manifestar a conduta lúdica, a criança demonstra o nível de seus estágios cognitivos e constrói conhecimentos de acordo com seu nível de desenvolvimento.
            Para Piaget (1978), o desenvolvimento da criança precisa passar pela prática lúdica e seu processo de aprendizagem deve ser harmonioso, pois tal atividade propicia a expressão do imaginário, a aquisição de regras e a apropriação do conhecimento. A brincadeira é um processo de relações entre a criança e o brinquedo e das crianças entre si e com os adultos, sendo um dos fatores determinantes para auxiliar o desenvolvimento integral da criança. O brincar no contexto educativo deve ser rico em seu universo pedagógico. Ao brincar, a criança conquista autoestima, autonomia e criatividade, fatores essenciais para a inclusão de alunos com deficiência intelectual.
            As atividades lúdicas são essenciais é nelas que ocorrem as experiências inteligentes e reflexivas e, a partir deste processo, produz-se o conhecimento. Além disso, percebe-se que o jogo eleva a autoestima, pois os alunos, durante a atividade, demonstram sua capacidade de apropriação do conteúdo abordado, o que não acontecia com outras metodologias onde apresentavam resultados insatisfatórios e que os levavam a serem considerados incapazes.
            O educando portador de necessidades educacionais especiais desenvolve um sentimento de inferioridade em relação aos outros considerados normais, pois no dia -a- dia de sala de aula é o outro que consegue desenvolver as atividades escolares primeiro, e o diferente acaba sendo taxado de incompetente. Nas atividades lúdicas tudo é diferente, muitas habilidades são descobertas, pois os jogos ou brincadeiras criam um clima de entusiasmo trazendo emoção o que é capaz de gerar vibração e euforia. Estas atividades geram interesse e canalizam energias para que se atinja  um objetivo. São atividades físicas e mentais que irão colaborar e estimular as funções neurológicas e as operações mentais, integrando a criança em dimensões afetivas e cognitivas, gerando assim, um envolvimento educacional natural e sem repressões.



Foto 1:  Alunos do 3º ano empolgados com uma atividade lúdica, se interessam e aprendem de verdade.
Autor: Cristiane Keli M. Bonfim

Em consonância com Vygotsky (1987), o significado do jogo varia do ponto de vista da criança para o adulto, pois, mesmo inserida no mundo do adulto, a criança forma seu pequeno mundo, no qual, através daquilo que cria em suas brincadeiras, estabelece suas relações. Portanto, o jogo é um fator que compõe o desenvolvimento do pensamento, pois, além de ser para a criança uma ferramenta de conhecimento do mundo, sua evolução acontece acompanhando e interagindo com o próprio desenvolvimento da inteligência.
            Vygotsky (1998) salienta com muita clareza esse processo ao afirmar que a mudança de uma criança de um estágio de desenvolvimento para outro dependerá das necessidades que a criança apresenta e os incentivos que são eficazes para colocá-la em ação, sendo que a criança satisfaz certas necessidades no brinquedo.
            Vygotsky (1998) desenvolve sua teoria e afirma que a aprendizagem acontece em dois níveis: nível de desenvolvimento real (o que a criança já é capaz de realizar por si própria, sem ajuda do outro) e o nível de desenvolvimento potencial (aquilo que ela realiza com o auxílio de outra pessoa).
 Ao analisar Vygotsky é possível perceber que os jogos são instrumentos que devem ser explorados na escola como um recurso pedagógico, pois além de desenvolver regras de comportamento, o jogo atua na zona de desenvolvimento proximal, ou seja, a criança consegue realizações numa situação de jogo, as quais ainda não é capaz de realizar numa situação de aprendizagem formal, pois o aluno não constrói significados a partir dos conteúdos de aprendizagem sozinhos, mas, em uma situação interativa, na qual os professores têm um papel essencial, já que qualquer coisa que façam ou deixem de fazer é determinante para que o aluno aprenda ou não de forma significativa e prazerosa.
             A arte de brincar auxilia a criança a desenvolver-se, a comunicar-se com os que a cercam e consigo mesma. As brincadeiras por mais simples, são fontes de estímulos ao desenvolvimento cognitivo, social e afetivo da criança com deficiência intelectual. Brincando, a criança tem a oportunidade de exercitar suas funções psicossociais, experimentar desafios, investigar e conhecer o mundo
de maneira natural e espontânea.
           Vygotsky (1997, p.12) afirma que: “uma criança com deficiência mental não é simplesmente menos desenvolvida que outra da sua idade, mas é uma criança que se desenvolve de outro modo”.
            De acordo com Vygotsky (1998), a arte de brincar pode ajudar a criança com necessidades educativas especiais a desenvolver-se, a comunicar-se com os que a cercam e consigo mesma, pois o aprendizado é uma ação humana inerente a cada indivíduo e, se aprender é uma ação individual, pelo contrário, ensinar é um ato coletivo, no qual se espera que o professor disponibilize a todos os alunos sem exceção um mesmo conhecimento.
 Dentro deste referencial teórico citado até o momento, podemos dizer que o aluno deve vivenciar situações enriquecedoras por meio dos jogos, utilizados como recursos pedagógicos, ficando claro a importância do ensino lúdico principalmente quando falamos de alunos  portadores de necessidades educacionais especiais.
O jogo é fundamental para o desenvolvimento cognitivo, pois o processo de vivenciar situações imaginárias leva a criança ao desenvolvimento do pensamento abstrato, quando novos relacionamentos são criados no jogo entre significações e interações com objetos e ações. Nesse sentido, Vygotsky afirma que:
             “Ao brincar a criança interage com o ambiente e, com isto, vai construindo novos significados, utilizando para isto seu próprio potencial intelectual”. Vygotsky (1984, p. 64)
De acordo com este pesquisador, é no brinquedo que a criança aprende a agir numa esfera cognitiva. Com a ajuda do brinquedo ela pode desenvolver a imaginação, a confiança, a auto-estima e a cooperação. O modo como a criança brinca revela seu mundo interior. O brinquedo contribui, assim, para a unificação e integração da personalidade e permite à criança entrar em contato com outras pessoas, desenvolvendo habilidades de socialização que é fundamental para boa vivencia em qualquer ambiente que for conviver em todas as fases de sua vida.
Os jogos, brinquedos e brincadeiras são atividades fundamentais da infância, para isso, é importante que a escola dê condições adequadas visando a promover situações compatíveis com as necessidades apresentadas pelas crianças e oportunizando a  estimulação para seu desenvolvimento integral.
Foto 2: Alunos do 2º ano apresentam desenvolvimento eficaz na alfabetização  com Quebra Cabeça Alfabético
 

Autor: Cristiane Keli M. Bonfim
  
  O educador Paulo Freire afirma que os jogos são de suma importância para o desenvolvimento do ser humano, e, na verdade, o que temos visto são educadores que têm medo de levar o lúdico para sala de aula, pois pensam que vão perder o controle e a autoridade sobre a turma, mas sabe-se que as brincadeiras podem ser preparadas de forma a serem desenvolvidas de forma organizada, prazerosa, divertida e recheada de objetivos educacionais. Freire (2002).
 “Conforme Souza Freire não vê  jogo como  a panacéia da educação. Mas, sem ele, perde-se o fio que conduz à eletricidade. O ensino escolar não pode se esgotar em si mesmo. Por definição o que se aprende na escola é para ser exercido fora dela, na vida de cidadão”.
  Por jogo aqui compreendemos o lúdico, o dramático, o literário. Muito mais que um ‘mero fazer de conta’, o jogo possui uma dimensão fixa, objetiva, com regras próprias, tempo e espaço demarcado, ocorrendo na mais absoluta seriedade embora seja um jogo. Contudo, ele só acontece com as dimensões subjetivas tais como a liberdade de correr o risco, consciência que apenas após ter jogado saberá o resultado ou qual foi o processo experiencial. Com a noção de jogo conservamos os principais ganhos da modernidade: a objetividade científica.
 Baseado nas afirmações de Freire é possível compreender que é importantíssimo o educador realizar um diagnóstico de sua turma e depois de Identificadas as necessidades, o trabalho deverá desenvolver-se de maneira lúdica e flexível, mas sem desvios de rumo, dentro de um padrão metodológico que se sustente em princípios norteadores claros. Assim, mobilizar interesses, ativar a participação, desafiar o pensamento, instalar o entusiasmo e a confiança, possibilitar acertos, valorizar os avanços e melhorar a autoestima buscando sempre organizar uma prática docente atrativa e de forma a tornar significativo o processo de ensino aprendizagem.
 Desta forma, a brincadeira está mais ligada ao sentido de gratuidade, de uma ação livre de compromisso, com possibilidades da existência de regras flexíveis e determinadas, enquanto a brincadeira durar, por aqueles que dela participam. O jogo também possui regras que são modificadas, geralmente, quando o interesse daqueles que jogam diminui sendo, portanto, também flexíveis, mas ricos em possibilidades de aprendizagem.



Foto 3: Alunos do 2º ano, concentrados na leitura  com sílabas móveis.
Autor: Cristiane Keli M. Bonfim

Conclusão

Ao revisar as teorias dos autores citados acima foi possível compreender que todo ser humano necessita do outro significativo para sobreviver, e através do contato com este outro, o indivíduo passa a aprender com ele e criar laços afetivos. Um dos lugares onde a criança mais se relaciona com o outro é na instituição escola: ela interage, brinca, aprende, com isto fica notória a relação entre a prática pedagógica lúdica e o desenvolvimento cognitivo: o sentir e o pensar estão totalmente ligados.
Diante de teorias fundamentadas de Piaget e Vygotsky, podemos dizer que os jogos, brinquedos e brincadeiras e sua relação com o desenvolvimento e a aprendizagem, há muito tempo, vêm sendo explorados no campo científico, como um processo auxiliador no desenvolvimento cognitivo da criança. Neste sentido, ao longo desta trajetória, tem-se procurado analisar os jogos por intermédio de concepções de ordem psicológica, biológica, antropológica, sociológica e lingüística.
  Assim é possível entender a necessidade de permitir e organizar o jogo na sala de aula, permitindo que a criança jogue simbolicamente na escola, pois a sala de aula tem dentre outras características, o fato de se apresentar como coisa séria, não permitindo espaço para o divertimento; o rigor e a disciplina são mantidos em nome dos padrões institucionais, o que torna o ambiente infantil artificial, longe dos gostos das crianças. As atividades lúdicas são essenciais e é nelas que ocorrem as experiências inteligentes e reflexivas e, a partir deste processo, produz-se o conhecimento. Além disso, percebe-se que o jogo eleva a autoestima, pois os alunos, durante a atividade, demonstram sua capacidade de apropriação do conteúdo abordado, o que não acontecia com outras metodologias onde apresentavam resultados insatisfatórios e que os levavam a serem considerados incapazes.
Perceber e valorizar a importância do lúdico em sala de aula é fundamental para que esta prática seja cada vez mais comum e presente nas escolas. E o papel principal de implementar e cultivar tal metodologia é dos professores, em seus planejamentos e programas de aula, levando aos alunos uma forma mais leve, divertida e prazerosa de aprender, para que assim possa instaurar a alegria na escola através da proposta de uso dos jogos pois o jogo contempla necessidades que são inerentes ao ser humano, especialmente às  crianças. Historicamente eles fazem parte do desenvolvimento do Homem, devendo ter merecido destaque na prática do professor que realmente deseja ter sucesso no seu trabalho de educador, pois, durante as situações de jogo, o aluno realmente toma decisões, analisa e considera várias possibilidades, antecipa jogadas, elimina obstáculos, verbaliza e aprende.
Os jogos são de fato uma estratégia metodológica que privilegia a aprendizagem, pois diante dele as crianças e adolescentes planejam, pensam em estratégias, agem, analisam, e antecipam o passo do adversário, observam o erro dele,torcem, comemoram, ou lamentam e propõe uma nova partida.
Todo esse interesse faz do jogo um valioso recurso, que deve ser incluído na prática docente, e se bem utilizados, ampliam possibilidades de compreensão em suas experiências significativas que surgem ao longo da execução, sabendo-se que o caráter lúdico permite a alegria e a satisfação em aprender. Portanto, o planejamento e as intervenções do professor são ações fundamentais para promover a aprendizagem e a análise das atividades planejadas permite refletir sobre as mudanças necessárias para o bom desempenho escolar e a necessidade da formação do indivíduo para enfrentar os desafios que lhe surgirão durante toda a sua vida.
Pode se perceber a necessidade gritante de repensar o fazer pedagógico, desenvolvendo a prática pedagógica de forma atraente utilizando atividades lúdicas para chamar e atrair os alunos, incluindo os no processo educacional, com probabilidade significativa de sucesso, esta proposta tem como pressupostos uma visão positiva das possibilidades dos alunos e uma aposta no crescimento da competência tanto do docente quanto do discente.
Queremos, assim, criar ludicamente um ambiente de aprendizagem, onde o lúdico torna imprescindível, modificando a visão de lugar sério e chato, tornando-a um lugar mais aconchegante para os que nela passam tanto tempo. Este pode ser um pequeno e inicial passo para se superar a visão que se tem de escola, já ultrapassada, por ser desinteressante. Ser inovador é fundamental para o desenvolvimento do trabalho docente, pois a criança precisa se sentir acolhida, para que também se sinta contextualizada na escola, pois a educação precisa abordar a emoção na sala de aula para que o aluno sinta o desejo de estar presente todos os dia, E se o professor não souber lidar de forma produtiva com tanta inovação que atraem nossas crianças, seu esforço poderá provocar somente desgastes físico e psicológico, podendo ficar comprometido todo o processo de aprendizagem de seus educandos. A prática pedagógica lúdica vem como o diferencial para a educação que necessita de mudança, de novidade, de estímulo e incentivo. Trazer para as crianças e adolescentes um aprendizado que seja significativo e ao mesmo tempo leve e prazeroso é renovar o fazer pedagógico que promovam a capacidade cognitiva dos dicentes portadores de necessidades educacionais especiais.

REFERENCIAS
VYGOTSKY, LEV S. A formação social da mente: o desenvolvimento dos processos
psicológicos superiores. 3ª.ed. São Paulo: Martins Fontes, 1989. 168p.

VYGOTSKY, L. S. Pensamento e linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 1987.

VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1998.

VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente. São Paulo, SP: Martins Fontes, 1984.

PIAGET, Jean. Psicologia da Inteligência. Rio de Janeiro: Fundo de Cultura, 1958.
, A formação do símbolo na criança. Rio de Janeiro: Zahar, 1978.

CORREA, Bruna. São Paulo: Revista Nova Escola, Ed. Nº 260 (Março-2013)


domingo, 21 de julho de 2013

Projeto: BRINCANDO E APRENDENDO COM OS NUMERAIS

MATERNAL 

OBJETIVOS:

CONCEITUAIS
- Estimular a formação do conceito de número
- Identificar numerais de 1 a 5
- Nomear os numerais
- Ampliar vocabulário
- Desenvolver percepções visuais, auditivas e táteis.
- Reconhecer a existência de diferentes números quantificá-los.

PROCEDIMENTAIS
- Conhecer e nomear os números de 1 a 5
- Aprender onde e como usar os numerais de 1 a 5
- Estabelecer aproximações com algumas noções matemáticas presentes no seu cotidiano
- Produzir
trabalhos artísticos utilizando linguagem das artes visuais
- Desenhar a partir do que foi observado
- Ampliar conhecimento de mundo.

ATITUDINAIS
- Identificar, quantificar, reconhecer e valorizar a importância dos numerais de 1 a 5
- Mediar a construção do conhecimento palas crianças
- Oportunizar o maior número possível de experiências e descobertas
- Possibilitar momentos de grande integração entre as crianças
- Conscientizar as crianças da importância dos amigos.

Etapas:
- Rodinha - Conversar sobre a importância dos números em nossa vida e as situações em precisamos usá-los;
- Propor brincadeiras e cantigas que incluam diferentes formas de contagem (Ex.: a galinha do vizinho bota ovo amarelinho, bota um, bota dois... etc.);
- Mostrar um painel com os numerais de 1-9 que ficará exposto na sala;
- Estimular a representação por meio de desenho para expressar suas idéias e registrar informações;
- Distribuir folhas de jornal para que façam bolinhas (não mais que 5) contar em voz alta com cada um para ver quem fez mais. Colocar uma caixa no centro da roda e pedir que atirem um por vez, para ver quantas acertam na caixa, sempre contando com as crianças em voz alta; (explicar que todos são vencedores do jogo, pois o maior
prêmio é aquilo que eles conseguiram aprender)
- Criar uma história sobre o número 1(eu contei que o número 1 estava sozinho dormindo na rede, quando adormeceu e começou a sonhar, primeiro sonhou que podia voar e visitar diversos lugares. Um dos lugares que visitou foi a cozinha, ele sonhou que estava dentro da panela de feijão... (criar e explorar conforme o interesse das crianças). Fiz desenhos para ilustrar a história para as crianças, para o registro pedi que completassem com grãos de feijão o número 1 que distribui em uma folha e assim conforme ia avançando no desenvolvimento de projeto aumentava a história onde posteriormente inclui os outros números um a um. As ilustrações que fazia ficavam expostas na sala para sempre retomarmos a história;
- Riscar com giz no chão para que caminhem sobre o traçado do número.
- Brincadeira numérica: dividir as crianças em 2 equipes, pedir que cada grupo escolha um nome para sua equipe – espalhar pecinhas de lego sobre a mesa, pedir que um componente de cada equipe vá até a mesa e traga quantas pecinhas forem solicitadas, conferir com cada um em voz alta;
- Noção de quantidade e noção numérica- colocar no chão e garrafas pet sem tampa – espalhar várias tampinhas desafiando a criança com perguntas como: ex: quantas tampas tenho que pegar para fechar três garrafas. Deixar que peguem quantas acharem que é o correto, para que possam testar suas hipóteses e assim construir o conceito de número- Você pode perguntar: É esta a quantidade certa? Está sobrando alguma tampinha? Está faltando alguma? Quando a criança acertar a quantidade peça que represente com os dedinhos e depois pedir para identificar no painel que contém os numerais. Trabalhei uma semana com cada número;


AVALIAÇÃO:
De acordo com desenvolvimento da criança
AVIÃO- AS CRIANÇAS ADORARAM
A construção do imaginário infantil
Sandra Regina R. Cintra

O professor deve ter claro o tipo de representação de infância com que se trabalha. Esta infância não é coisa qualquer, mas algo histórico, ser em construção, no qual tem uma leitura de mundo, que possui no seu imaginário uma ciência, uma religião e até mesmo o imaginário da escola.
Pode-se perceber que o papel do professor neste processo é de fundamental importância, sendo ele o mediador deste processo que propiciará um desenvolvimento norteado pela ética e cidadania de forma responsável, sem perder o exercício da imaginação, preservando o onírico presente na criança.
A construção do imaginário é histórica, cultural e também ideológica, é preciso tomar cuidado para não naturalizar a infância, não se pode esquecer que esta também participa do coletivo social, esta infância é um dos momentos em que se pode observar uma intensa produção.
Vygotsky destaca em seu livro, a formação social da mente que:
Em estudos experimentais sobre o desenvolvimento do ato de pensar em crianças em idade escolar, tem se admitido que processos como dedução, compreensão, evolução das noções de mundo, interpretação da casualidade física, o domínio das formas lógicas de pensamento e o domínio da lógica abstrata ocorrem por si mesmas, sem nenhuma influencia do aprendizado escolar (VYGOTSKY, 1994, p. 88).
Pode-se entender, então, que segundo o autor Vygotsky a maturação de uma criança, bem como o seu desenvolvimento, são vistos como pré-condição de aprendizado e não um resultado, ou seja, o aprendizado gera uma base sobre o desenvolvimento, deixando então este último inalterado.
Para se trabalhar na construção do imaginário é preciso pesquisar e ter clareza com que tipos de infâncias estão trabalhando. A criança em si não é uma tábula rasa.
Quando chega à fase dos sete ou oito anos, a criança começa a racionalizar seus pensamentos, neste instante passa a ser inundada pelos porquês, tentando entender a razão dos problemas e fatos, tomam por base neste instante os padrões recebidos pela família e sociedade.
É nesta fase que não só a família, mas amigos e professores tornam-se importantes para sua vivência. A literatura e os contos de fadas ajudam na formação da criança, contribuindo para a alfabetização, pois configura este contato da criança com a leitura e escrita, além de auxiliar na formação do seu caráter.
Os contos de fadas favorecem o desenvolvimento psíquico da criança. Ao ouvi-los, elas absorvem destas narrativas lições que contribuirão para o seu desenvolvimento anterior.
Segundo Vygotsky, quando a criança reproduz o comportamento social de um adulto em seus jogos está fazendo uma combinação do real com sua ação fantasiosa, isto porque a criança tem como necessidade a reprodução do cotidiano do adulto, o qual ainda não pode fazer como gostaria.
Busca em seu faz de conta obter conhecimentos antecipados do mundo ao seu redor. A escola pode proporcionar uma fase muito rica para a criança, dependendo dos conteúdos que aborda. Trata-se de uma fase em que a criança praticamente sonha acordada, está inventando e descobrindo coisas.
É de suma importância o papel do professor neste momento, pois poderá disponibilizar recursos que irão aprimorar seus conhecimentos, aguçando a curiosidade dos alunos, ampliando seu vocabulário visual, incentivando-o.
É neste momento que o professor tem a oportunidade de proporcionar um cenário perfeito que contribuirá para que se façam construções no imaginário das crianças, levando-as a movimentos de mudanças e descobertas, instigando-as a criticarem e argumentarem, favorecendo o ambiente de aprendizagem.
Sandra Regina R. Cintra é Mediadora de Informática Educacional da Planeta Educação em Osasco. O artigo é fragmento do seu Trabalho de Conclusão de Curso – TCC.
Bibliografia
VYGOTSKY, L. S. A Formação Social da Mente. São Paulo: MARTINS FONTES, 1994

REFLETIR.....

terça-feira, 16 de julho de 2013

BRINCADEIRAS QUE AJUDAM A ENSINAR...
1.    Passando a bola
Só precisamos de uma bola ou qualquer outro objeto como por exemplo, papel de jornal ou revistas velhos.
Primeiro em círculo sentados cada um rola a bola para o outro colega, assim que todos terminarem, ficamos de pé e passamos a bola pela direita depois pela esquerda, em seguida todos em fila passa a bola por cima e depois por baixo.
Com essa brincadeira é possível:
*Trabalhar lateralidade;
*Estimular a coordenação viso motora;
*Noções baixo em cima, direta e esquerda, de rolar. 
2.  Boliche
Vamos precisar de 5 garrafinhas pet e uma bola, essa pode ser feita de meias velhas.
Colocamos as garrafinhas uma do lado da outra. Uma criança de cada vez pega a bola e arremessa nas garrafinhas, todos contam juntos quantas derrubaram, continua a brincadeira até todos participarem ou cansarem.
Com essa brincadeira é possível:
*melhorar a habilidade de arremessamento da criança
*ensiná-la a controlar a força (tono muscular)
*ajuda a ter noção de distância e quantidade
*se for garrafinhas coloridas pode-se trabalhar cores
  3. Pequenos desafios
No pátio do C.E.I., organizamos pequenos desafios para as crianças usando, 1 mesa, 2 bancos grandes e 1 pequeno, vários bambolês.
O desafio era passar por baixo da mesa, por cima dos bancos e por fim pular os bambolês, primeiro um de cada vez e depois todos juntos um atrás do outro.
Com essa brincadeira é possível:
*noções em baixo em cima;
*noções engatinhar, andar e pular;
*noções subir e descer.
4. Brincadeiras de parque
(escorregador, gira-gira, balanço, gangorra, túnel de tubo, pneus, areia)
Com essas brincadeiras é possível:
*potencializar a sua capacidade para adquirir confiança em si mesmo e nos outros;
* ajudar na superação do medo diante de uma situação nova;
* aumentar seu dinamismo e sua segurança no que se refere às coordenações gerais;
*estimular a percepção espacial;
*potencializar a sua capacidade para apreciar diversas velocidades de movimento;
*favorecer a multiplicidade de situações;
*estimular e a socialização e cooperação;
*estimular sua habilidade de manipulação;
*desenvolver o sentido de tato;
*estimular sua criatividade.
5. Piscina
(baldinhos, bolinhas coloridas, bichinhos aquáticos)
*permitir a liberação de energia;
*trabalhar a importância da água;
*desenvolver seus hábitos de higiene;
*estimulá-lo a descobrir o meio aquático;
*favorecer a coordenação óculo-manual;
*desenvolver a sua capacidade de observação.
6. Massinha de modelar
(com moldes, rolo ou com as próprias mãos)
Com essa brincadeira é possível:
*fazer perceber a solidez dos materiais;
*estimular a sua expressão artística;
*desenvolver a criatividade da criança;
*desenvolver sua habilidade de manipulação;
*ensiná-lo por meio do exemplo e da imitação;
*ensinar a reconhecer as cores.
7. Encaixes
Vamos precisar de uma caixa de papelão de tamanho médio e algumas peças geométricas de formas e cores variadas.
Colocamos a caixa virada para baixo e recortamos, em seu fundo, as formas das figuras geométricas (por exemplo: uma redonda uma quadrada e outra triangular).
As crianças devem introduzir as peças geométricas na caixa e, para isso, necessitará que cada peça coincida com a forma do buraco da caixa.
Depois da demonstração, mostramos-lhe como recuperar as peças do interior da caixa e, então, deixamos que brincassem sozinhos.
Observação: podemos incluir peças que não se encaixe em nenhum buraco para dificultar.
Será possível com essa brincadeira:
*ajudar as crianças distinguir as formas;
*desenvolver sua coordenação óculo- manual;
*incitá-la a persistir para conquistar o que deseja;
*ensiná-la a planejar e a solucionar problemas;
*ensinar a conhecer cores.
8. Brincadeiras de roda
Será possível com essa brincadeira:
*estabelecer laços de amizade e companheirismo;
*socialização e interação entre criança /adulto e criança /criança;
*cooperação e regras.
9. Brincadeiras com cordas
(passar por baixo, por cima, fazer cobrinha, ponte, cabo de guerra e outras).
Com essas brincadeiras será possível:
*favorecer a coordenação da percepção ocular da criança;
*desenvolver nela a habilidade de coordenação motora;
*ajudar a criança adquirir noção de distancia;
*melhorar  o controle psicomotor da criança;
*combinar diversos movimentos;
*melhorar o controle da postura da criança;
*fazer com que pratique a sincronização.

10. Contando histórias
(podem ser contada por adultos (professores ou pais)ou pelas crianças, com fantoches, marionetes, dedoches, com tapetes, aventais, caixas de histórias)
Com essa brincadeira será possível:
*melhorar a capacidade de concentração da criança;
*desenvolver sua memória;
*estimular sua imaginação e seu gosto por livros;
*desenvolver sua linguagem.